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A Guardiã de Histórias – Victoria Schwab

Além de “A guardiã de histórias”, Victoria Schab também é a autora de  “A bruxa de Near”, publicado no Brasil pela Editora Planeta. No exterior, circulam sob sua assinatura “The ash-born boy”, “The unbound”, “Warm up”, “Vicious”, “New beginnings”, “Second chances” e “Last wishes”. Além deles, porém, Shchab também escreve sob o pseudônimo V.E. Schwab, com o qual lançou “Um tom mais escuro de magia”, que chega ao Brasil pela Editora Record em agosto.

Cada corpo tem uma história para contar, uma vida disposta em imagens que apenas os Bibliotecários podem ler. Aqui, os mortos são chamados de Histórias, e o vasto domínio em que eles descansam é o Arquivo. Mackenzie Bishop é uma implacável Guardiã, cuja tarefa é impedir Histórias – geralmente violentas – de acordar e fugir do Arquivo. Naqueles domínios, os mortos jamais devem ser perturbados, mas alguém parece estar, deliberadamente, alterando Histórias e apagando seus trechos essenciais. A menos que Mac consiga juntar as peças restantes, o próprio Arquivo sofrerá as consequências.

Ler “A guardiã de histórias” foi como fazer uma grande descoberta. Foi prazeroso como encontrar alguém especial, do tipo que desperta, do tipo que já chega com lugar garantido no coração.

Bastou começar para não ter vontade de terminar. Como apaixonada por livros, lidar com a possibilidade de preservação do ser em bibliotecas é no mínimo encantador. Após a morte, as pessoas da realidade na qual Mackenzie  vive têm as memórias preservadas como verdadeiras histórias: em prateleiras. Difícil foi não me sentir naturalmente atraída pela leitura.

Qualquer receio de que a execução da proposta pudesse deixar a desejar ficou de lado com o avançar das páginas. Mac se mostra uma protagonista incrivelmente inteligente e equilibrada. Mesmo ao lidar com as durezas que a vida colocou em seu caminho, consegue manter as responsabilidades e passar a quem lê as complexidades de ter de lidar com a perda, a dor e os desafios de simplesmente crescer e descobrir a vida. Tê-la conduzindo a história é um verdadeiro diferencial, assim como a relação com o avô já falecido. Alguns dos momentos mais bonitos  nascem daí.

Somos introduzidos a mistérios, a paranormalidade e aos seres quase zumbis/fantasmas que são as Histórias. Todo o clima é contagiante. Como bônus há ainda o romance, que fala muito sem precisar dizer nada aos ser apresentado e desenvolvido aos poucos. Existe por trás dessa opção uma valorização da personagem como indivíduo; suas decisões, conquistas e crescimento pessoal. Isso é e sempre será algo merecedor do meu respeito.

Recomendo o  “A guardiã de histórias” a… Bem, a qualquer um. Acredite, vale a pena. Todos deveriam abrir espaço para uma leitura como esta de tempos em tempos. Por que não agora?

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