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[Especial Bridgertons] O Duque E Eu + O Visconde Que Me Amava — Julia Quinn

                            

          O Duque e Eu e O Visconde Que Me Amava são, na ordem citada, os dois primeiros livros da série de romances históricos trazida para o Brasil sob o nome de Os Bridgertons. Formada por oito volumes, a a série a história de um irmão Bridgerton a cada livro. O próximo, Um Perfeito Cavalheiro, deve ser publicado em breve.

Meu caso com os romances históricos é um pouco complexo. Gosto e não gosto deles, e isso porque o momento, a estrutura da sociedade da época costumam ir contra boa parte daquilo que acredito, desejo, acho certo ou quero para mim ou perto de mim. É machismo pra lá, violência pra cá, mocinhas frágeis desfalecendo, desespero por um casamento, conspirações idiotas…  Ah, quase nada do que é tido como romântico/fofo neles me agrada. Eu estaria mentindo se dissesse que os livros da Julia escapam completamente de tudo o que me incomodam, mas posso afirmar que os potenciais desconfortos foram todos amenizados.

Este especial surgiu por eu ter lido os dois livros num só dia. Pois é, acredite se quiser. Recomendo e espero ter com com conversar a respeito depois. De qualquer forma, fica aqui mais uma dica rápida de leituras rápidas e gostosas.

— Eu quero um marido. Uma família. Não é tão bobo quando se pensa nisso. Sou a quarta de oito filhos. Só conheço famílias grandes. Não sei se saberia existir fora de uma.

Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.
Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.
Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.

Julia Quinn deu um bom pontapé inicial à série. Quero dizer, esse livro pode não ser espetacular, mas cumpre seu papel. A partir do momento em que você se entrega ao mundo que é a Londres do século XIX, fica fácil se entreter com os duelos, a luta por um bom partido, as conveniências, a importância de nomes e títulos. Duque (exatamente, tomei liberdade para usar um apelidinho carinhoso!) é corrido no final, não mostrou tanto quanto eu gostaria das fraquezas de Simon, mas nem por isso chega a ser raso, sendo esse o motivo de ter me convencido.

O amor não tem nada a ver com o medo de que tudo acabe, mas com encontrar alguém que o complete, que faça de você um ser humano melhor do que jamais sonhou ser.

A temporada de bailes e festas de 1814 acaba de começar em Londres. Como de costume, as mães ambiciosas já estão ávidas por encontrar um marido adequado para suas filhas. Ao que tudo indica, o solteiro mais cobiçado do ano será Anthony Bridgerton, um visconde charmoso, elegante e muito rico que, contrariando as probabilidades, resolve dar um basta na rotina de libertino e arranjar uma noiva.
Logo ele decide que Edwina Sheffield, a debutante mais linda da estação, é a candidata ideal. Mas, para levá-la ao altar, primeiro terá que convencer Kate, a irmã mais velha da jovem, de que merece se casar com ela.
Não será uma tarefa fácil, porque Kate não acredita que ex-libertinos possam se transformar em bons maridos e não deixará Edwina cair nas garras dele.
Enquanto faz de tudo para afastá-lo da irmã, Kate descobre que o visconde devasso é também um homem honesto e gentil. Ao mesmo tempo, Anthony começa a sonhar com ela, apesar de achá-la a criatura mais intrometida e irritante que já pisou nos salões de Londres. Aos poucos, os dois percebem que essa centelha de desejo pode ser mais do que uma simples atração.
Considerada a Jane Austen contemporânea, Julia Quinn mantém, neste segundo livro da série Os Bridgertons, o senso de humor e a capacidade de despertar emoções que lhe permitem construir personagens carismáticos e histórias inesquecíveis.

Visconde (vamos facilitar a vida de todos com mais esse apelidinho) segue o mesmo estilo de Duque. Depois de lê-lo, comecei a perceber as semelhanças e aceitar que talvez seja mesmo parte do estilo de escrita da autora trabalhar os personagens durante praticamente todo o livro só para depois avançar com tudo durante as últimas 100 páginas.

Julia escreveu mais uma obra com ótimo humor. Ela volta a explorar tanto o lado forte quanto a vulnerabilidade do ser humano, só que agora de um jeito mais charmoso. Esse é um clichê, mas um bom, com doses certas de drama.

Entre os dois volumes, ainda fico um pouco dividida entre qual é o meu favorito. Enquanto há no Simon uma história legal de vulnerabilidade e força simultâneas, há em Kate a maturidade e aforça que faltaram na Daphne. E, levando em consideração que a narração em terceira pessoa sempre se divide, pois foca no casal protagonista, fica difícil escolher. Os personagens principais sempre têm um peso enorme sobre a minha opinião final, então a coisa é feia mesmo (ou bonita, dependendo do ponto de vista).

Aviso logo que mudo entre um e outro com uma frequência até vergonhosa, mas agora, enquanto escrevo, Visconde é o que mais gostei.

Para terminar, um pouquinho sobre a enorme família de Daphne e Anthony. Que venham as histórias dos outros irmãos!

8 Comments

  • Jacqueline Braga
    15 de setembro de 2013 at 22:24

    Oie Kim
    quero muito ler ambos, porque adoro romance histórico!!!
    amei as capas.
    Bjos

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  • Poliana Araújo
    17 de setembro de 2013 at 22:23

    Oi, tudo bom?
    Passando para deixar um comentário rsrs
    Não gosto muito do estilo do livro .
    Mas quem sabe enfrento a leitura !
    Beijos*-*

    Reply
  • D e s s a
    18 de setembro de 2013 at 22:28

    Não li muitos romances históricos (talvez nenhum?! rs), mas tenho vontade de ler. E nem sabe que era uma série. Fiquei bem interessada. *-*
    E as capas são um mimo <3
    beijos
    http://apenas-um-vicio.blogspot.com.br

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  • Gleice Couto
    24 de setembro de 2013 at 00:36

    Huuuuuuuum, estamos numa fase românticaaaa? 😛 Vc lendo isso, e eu Entre A Honra E O Desejo, da Harlequin. HAHAHHAHAHAHAHHA Final dos tempos. *zoa* Mas é bom pra espairecer, às vezes, né? 🙂

    Beijoooooooos

    Gleice
    http://www.murmuriospessoais.com

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  • Noeli Souza
    1 de janeiro de 2014 at 06:20

    Recomendo lerem Jane Eyre de Chorllote Bronte, o livro é simplesmente lindo!

    Reply
  • Noeli Souza
    1 de janeiro de 2014 at 06:30

    Ah descobri Julia sem quere na livraria e confesso que o que me chamou logo atençao foi a delicadeza das capas!rs de muito bom gosto. Em seguida passei pra outras analises e ao ver que o livro é ambientado em outra epoca amei! Acabei de ler O visconde que me amava. Julia tem uma otima narrativa, muito clara e detalhista, tão detalhista que achei a cena da noite de nupcias um tanto exagerada. Acho q fiquei um pouco decepcionada, pois livros classicos não tão longe, mas lembrei que Julia podia e tem liberdade pra isso, afinal vivemos na epoca de Austen!rs De qualquer modo foi uma leitura prazerosa e e alguns momentos até de mais!!!!!kkkkk boa leitura a todos!

    Reply
  • Noeli Souza
    1 de janeiro de 2014 at 06:33

    Kkkkkkkk galera escrevir o texto pelo cel depois q vi q tem umas palavras fora do lugar! Como Austen, quiz dizer q nao estamos em sua época! Bjs

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  • TRUFAS E JUJUBAS
    23 de março de 2015 at 15:40

    Amooooo os livros da Julia…

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