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[Resenha] Naomi & Ely e a Lista do Não Beijo — David Levithan e Rachel Cohn

A parceria entre David Levithan e Rachel Cohn está de volta. Seis anos após a publicação nacional de Nick & Nora, é chegada a vez de “Naomi & Ely e a lista do não beijo”. Ambos autores premiados, tiveram vários de seus livros publicados pela Editora Galera Record. Rachel é a responsável , por exemplo, por “Pão de mel”, primeiro volume da série “Cyd Charisse”. Já David é autor dos aclamados “Todo dia”, “Garoto encontra garoto” e “Dois garotos se beijando”, além dos títulos coescritos com John Green (“Will & Will) e Andrea Cremer (“Invisível”).

Ninguém consegue separar Naomi e Ely. Amigos desde a infância, eles dividem felicidade, segredos, dramas, inseguranças e tudo o mais como só almas gêmeas podem fazer. Eles são mais que melhores amigos. No entanto, o tempo torna cada vez mais difícil determinar os limites de uma amizade delineada por tanta intimidade.
A lista do não beijo foi criada para proteger o relacionamento dois dois e impedir que qualquer garoto ameace o que foi construído ao longo de tantos anos. Mas se já era difícil manter o equilíbrio com a situação Naomi-ama-Ely-que-não-ama-ninguém-e-por-sinal-gosta-de-garotos, tudo se complica depois que o rapaz quebra todas as regras ao beijar o namorado de Naomi. De repente, a maior amizade de todos os tempos está em jogo.

Não existe alma gêmea… e quem gostaria que existisse? Não quero ser metade de uma alma compartilhada, quero a porra da minha própria alma.

O nome de Levithan é basicamente o mesmo que um selo de qualidade. Ao menos é assim para mim desde “Todo dia”. Não foi preciso sequer ler a sinopse de “Naomi & Ely” para que eu decidisse apostar nele. A única questão era testar o bom funcionamento da parceria com Cohn, algo que posso dizer, com alívio, ter sido aprovado com louvor. 
Ah, esse clima quadrilhesco! Você sabe, “João amava Teresa/ que amava Raimundo/ que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili/ que não amava ninguém […]”. Pois é, a cama estava feita para a formação de uma verdadeira confusão. Ao invés disso, o produto final é uma história divertidíssima, que mal acaba e já deixa gosto de “quero mais”.
É incrível como o toque certo de loucura faz toda diferença. Naomi é a prova, porque, sério, a garota é pirada! Ely, por outro lado, corre o sério risco de seu tornar meu Don Juan favorito. Existem lógicas e situações absurdas, muito drama, piadas sutis e mais frequentes, que nem de longe chegam a tanto (favor não confundir Bruce, o primeiro, com Bruce, o segundo). O fato de tudo funcionar harmoniosamente fecha o pacote.
É na separação que os protagonistas se conhecem. Apesar das dificuldades, é bacana vê-los amadurecer. Com capítulos com narração intercalada entre os protagonistas, “Naomi e Ely e a lista do não beijo” fala de amor, amizade e crescimento pessoal. Como é que se faz para não gostar de uma delícia dessas?
Título Nacional: Naomi and Ely’s No Kiss List
Número de páginas: 254
Editora: Galera Record
ISBN: 9788501103123

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