Nesse livro, a representação do feminino aparece de formas muito diferentes. Essa é uma das três coisas que destaco como mais interessantes na obra. A segunda é como o foco é dado e dividido entre as mulheres da história. Narrado por Ava e Grace, além de flashbacks de Kelli, é com sutileza regada a angústia e aspectos diretamente relacionados a faixa etária e estilo de vida que se acompanha o passar das páginas . São cabeças completamente diferente, embora ao mesmo tempo com vários pontos em comum; histórias que teriam tudo para nunca se cruzar, não fosse o fato de que caminhavam para a colisão umas com as outras.
Para o pouco que me emocionei, muito refleti. Os clichês não são poucos, nos levando de volta àquela ladainha de “ei, já vimos isso em algum lugar!”, mas nesse caso o diferencial está na sinceridade. Essa, aliás, é o terceiro dos aspectos a serem respeitados. É o ar de verdade da autora ao entrar no assunto e lá se desenvolver que tornam seu trabalho especial. A receita que ela poderia ter seguido para melhorar o efeito envolve, digamos assim, dosagem correta, levando-se em consideração o ritmo descontrolado dos acontecimentos mais ao final
“Um lugar no coração” te instiga a ir além do superficial. Chegando ao ponto do óbvio, para onde ir a partir daí? O que pensar a respeito? E como encontrar essas respostas? Bem, isso não responderei. Nem poderia! A viagem é toda sua.
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