Cinco anos após a parceria que resultou em “Will & Will”, David Levithan e John Green atacam juntos novamente. Green é autor de “A culpa é das estrelas”, “Cidades de papel” e “Quem é você, Alasa?”, entre outros livros. Os dois primeiros contam com adaptações para os cinemas. Já Levithan é autor de “Todo dia”, “Garoto encontra garoto” e “Dois garotos se beijando”, todos publicados pela Editora Galera Record.
Essa é a grande questão sobre a vida e o amor: todas as vezes que você dá outra olhada, tem mais uma coisa que pode ser revisada.
Se a combinação de John e David já se mostrava boa antes, agora só se comprova. A leitura é rápida, divertida, descontraída. O musical pincela assuntos importantes de maneira leve. É uma opção de leitura descompromissada e agradável.
Não é preciso ter lido “Will & Will” para ler “Me abrace mais forte”, mas a conexão entre eles é clara. Acredito que a experiência fica mais completa se você vê os dois lados da moeda, ou seja, o Tiny protagonista x o Tiny coadjuvante. Mesmo porque esse livro praticamente não abre espaço para outros personagens, de forma que complementa muito o primeiro. Não ter as duas leituras pode significar deixar passar informações de “encaixe” que funcionam como diferencial.
As participações especiais merecem destaque. Elas vão desde ex-namorados até o fantasma de Oscar Wild! Como todo o texto em forma de roteiro, até o que não é dito é dito entre um ato e outro. O mais legal é ver quão bem o formato casou com a sinceridade do olhar de Tiny. Não teria como traduzir melhor o personagem.
Fica a dica especialmente para os que já conheciam o que “Will & Will” nos revelou. Outros velhos conhecidos voltam a aparecer, como não poderia deixar de ser. É uma sensação de reencontro somada a novas descobertas. No mundo real, o musical do menino Cooper seria um sucesso!
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